quinta-feira, 16 de julho de 2009

Gênesis Revisitado - Série Antropológica

Série Antropológica: Gênesis Revisitado
categorias: Arqueologia, a História oculta da Humanidade

Claude Levi-Strauss cautelosamente evitou a realização de uma análise estruturalista do Gênesis, sob a alegação de que "a mitologia do Velho Testamento foi distorcida pelas operações intelectuais dos editores bíblicos", além do fato de considerar o contexto etnográfico como "quase inteiramente ausente" nos referidos textos.

Esta argumentação foi refutada por Leach em seu brilhante artigo "A Legitimidade de Salomão", no qual demonstrou a existência na Bíblia de evidências etnográficas passíveis de serem analisadas pelo método antropológico, além da consideração que a sequência cronológica que foi estabelecida pelos "editores" tem, "por si mesma, um significado estrutural".

Concordamos com Leach sobre a disponibilidade do material bíblico para a análise antropológica, e também que os antropólogos, que utilizam os mitos de outras religiões, devem abandonar o seu "melindre extraordinário com a análise do Cristianismo e do Judaismo que são religiões nas quais eles próprios, ou seus amigos próximos, estão profundamente envolvidos".

Retomamos, portanto, neste trabalho, o texto bíblico do Gênesis, buscando demonstrar que os "editores bíblicos", através do tempo, procuraram mediante uma atitude censorial uma espécie de "pasteurização" do discurso original, numa tentativa de adequá-lo aos valores morais e culturais de suas respectivas épocas.

Contudo, os trechos que foram objetos de cortes não tiveram o seu registro totalmente apagado, continuam disponíveis em outros textos,principalmente os da religião Judáica.

A legitimidade etnográfica desse material pode ser invocada, pois o Cristianismo é uma religião derivada do Judaismo, partilhando com o mesmo o discurso mítico contido no Velho Testamento.


Ao retomarmos a análise das histórias que tem como cenário o Jardim do
Edem seguimos a trilha aberta por Frazer, Freud e principalmente o próprio Leach, mas, ao contrário desses Autores, pretendemos utilizar dos trechos que foram extirpados nas sucessivas edições do discurso mítico.

No sétimo dia da Criação, Deus criou o homem à sua imagem: "à imagem de Deus o criou: macho e fêmea os criou" (Genesis, 1, 27). Tal afirmação categórica é uma negação da versão mais difundida a de que o homem foi criado antes da mulher.

Neste ponto, existem interpretações diferentes. A primeira é a de que Adão seria um ser andrógino (macho e fêmea) e que a separação de Eva representaria a cisão da criatura original andrógina em duas.

A androginia de Adão é explicada em alguns textos rabínicos, como no Sepher Ha-Zohar, que contem a afirmação de rabi Abba: "O primeiro homem era macho e fêmea ao mesmo tempo, pois a escritura diz:

E Elohim disse: façamos o homem à nossa imagem e semelhança (Gênesis, 1,26). É precisamente para que o homem se assemelhasse a Deus que foi criado macho e fêmea ao mesmo tempo".


Existe, contudo, uma outra interpretação, que nos parece mais fascinante, a de que, a exemplo do que foi feito com os animais, Deus teria criado um casal: Adão e uma mulher que antecedeu a Eva. Esta mulher primordial teria sido Lilith, figura bastante conhecida da antiga tradição judáica.
Existe, contudo, uma outra interpretação, que nos parece mais fascinante, a de que, a exemplo do que foi feito com os animais,Esta mulher primordial teria sido Lilith, figura bastante conhecida da antiga tradição judáica.

Lilith não se submeteu à dominação masculina. A sua forma de reivindicar igualdade foi a de recusar a forma de relação sexual com o homem por cima. Por isto, fugiu para o Mar Vermelho.

Adão queixou-se ao Criador, que enviou três anjos em busca da noiva rebelde. Os três anjos eram Sanvi, Sansanvi e Samangelaf.

Os emissários do Senhor tentaram em vão convencer a fujona. Ameaçaram afogá-la no mar10. Lilith, porém, respondeu:


"Deixem-me, não sabeis que não fui criada em vão e que é meu destino dizimar recém-nascidos; enquanto é um menino tenho poder sobre ele até o oitavo dia, se é menina, até o vigésimo.

No entanto, ela jurou aos anjos, em nome do Deus vivo, de que sempre que avistasse as figuras ouapenas os nomes dos mensageiros de Deus, deixaria a criança em paz. Também aceitou o fato de que diariamente iriam perecer cem de seus próprios filhos".

Lilith foi transformada em um demônio femínino..."

QUE FIQUE CLARO QUE O CARÁTER "DEMONÍACO" NA ANTIGUIDADE NÃO INDUZIA, NECESSARIAMENTE, AO MAL.

O fato mais relevante, e de profunda importância é a apresentação do GÊNESIS ORIGINAL HEBRÁICO, que foi compilado e utilizado pelo VATICANO PARA SUBMETER AS MULHERES PARA SEGUNDO PLANO!

Além destes estudos, quero apresentar os textos originais, de onde os HEBREUS COMPILARAM O GÊNESIS, e o

utras histórias...

Portanto, mulheres não foram criadas da "costela" de nenhum Adão, esta história estava CODIFICADA, CRIPTOGRAFADA NAS ESCRITURAS HEBRÁICAS, OU O ANTIGO TESTAMENTO, COMO QUEIRAM!!!

E, como vimos no capítulo da Inquisição, este mito foi absurdamente utilizado pelo Vaticano para HUMILHAR AS MULHERES!

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