quinta-feira, 16 de julho de 2009

Michael Kunze, A Caminho da Fogueira

Michael Kunze, A Caminho da Fogueira
categorias: A Inquisição e as Cruzadas: a verdadeira história

CONTINUAÇÃO DO LIVRO E COMENTÁRIOS...

“Serpentes! Raça de víboras! Como escapareis da condenação à geena?” “A uns matareis e crucificareis, a outros, acoitareis nas vossas sinagogas e expulsareis de cidade em cidade. Deste modo vos tornareis responsáveis por todo o sangue de homens justos que se derramou na terra...”MT 23-33

Quando se podia dizer que alguém havia sido suficientemente torturado? Quando parecesse aos juizes e especialistas que o réu passou, sem confessar, por torturas de uma gravidade comparável à gravidade dos indícios. Como o réu confirmava a confissão efetuada sob tortura? O escrivão perguntava-lhe depois da tortura: “Lembras-te do que confessaste ontem ou anteontem sob tortura? Então, repete tudo agora com total liberdade”. E registrava a resposta. Se o réu não confirmasse, é por que não havia se lembrado e, então, era novamente submetido à tortura.

“Cuidado com os falsos profetas. “A árvore boa não pode produzir maus frutos, nem a arvore ma, bons frutos. Pelos atos desses tais, portanto, é que os reconhecereis” Mat, Marc

Outro trecho da Sentença, depois que a família “confessou” seus crimes:

“...como Príncipe e membro constitucional de nosso SACRO IMPERIO, de acordo com os Editos, Constituições e Decretos que dele exigem a implantaçao de toda forma de justiça, expulsando o mal para consolo dos justos, e como dissuassão para os maus, não pretende, tenciona ou deseja proceder de outra maneira que não seja de acordo com e em virtude das mencionadas leis e decretos constitucionais Imperiais portanto, depois da devida consideração dos terríveis atos e atrocidade aqui expostos, e confirmados pela confissão irrevogável dessa mesmas seis pessoas aqui trazidas, juntamente com a prova de corroboração de que elas na verdade perpetraram tais crimes vis e abomináveis desse tipo, devido ao que, como testemunhado na SAGRADA ESCRITURA, cidades, reinos e nações igualmente podem vir a sofrer multiplas tribulações, todas as maneiras de castigo e desgraça ate hoje a nos imposta pelo Deus Todo Poderoso (obs. Aqui eles se valeram do Antigo Testamento dos Judeus, os mesmos, que eles perseguiam), assim compete a mim, Christopher Neuchinger de Oberneuching, Juiz Executivo de Sua Graça, declarar como meu julgamento irrevogável que, de acordo com as leis e decretos imperiais acima mencionados: as vidas dos seis condenados são confiscadas, tendo eles incorrido em pena de morte por tormento, ou seja, que todos os seis sejam colocados publicamente em duas carroças, levados em procissão antes de suas mortes ao lugar de execução, o corpo de cada um seja rasgado seis vezes com tenazes em brasa, a mãe tenha os seios cortados, os cinco condenados homens tenham os braços partidos na roda, e Paulus Gamperl seja depois empalado num poste, todas as seis pessoas sendo então submetidas À morte pelo fogo”

Nesta parte, senti meu estômago borbulhar, em fogo. “De acordo com a noticia do cronista, os seios cortados foram esfregados na boca de Anna e na boca de seus dois filhos.”

GENTE, O QUE É ISTO??? OBRA DE UMA "SANTA" IGREJA????

"O carrasco foi instruído para agir com moderação, para que os acusados passassem por todos os tormentos. Quando o pai estava na roda o menor gritou:”Veja, estão amassando os braços do meu pai!!!”

“Se não vos tornardes de novo como os meninos, não podereis entrar no Reino dos Céus...” “Cuidado!Não desprezeis um só destes pequeninos! Porque eu vos digo que os seus anjos, contemplam sem cessar a face de meu Pai que esta nos céus.”Mateus 18-10"

"O ato de rasgar-lhes a carne com tenazes em brasa já os tinha enfraquecido, um tratamento completo pela roda teria dado um fim prematuro aos seus sofrimentos”

Paulus foi empalado. “Isto se faz inserindo um pau de ponta em seus posteriores, e que é então forçado pelo seu corpo, saindo na cabeça, por vezes na garganta. Esse pau é então invertido e enterrado no chão, para que a desgraça da vitima, como bem podemos imaginar, viva em agonia por alguns dias, antes de expirar...”

“Depois os guardas agarraram os criminosos estropiados e os jogaram nas duas carroças, que aguardavam...” E prossegue até o momento final da execução: “As vozes estridentes, monótonas, dos que diziam orações, misturavam-se com o crepitar do fogo, os gritos excitados da multidão, os berros e tosses da vitimas em agonia, e que diminuiam aos poucos...”

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